A nova década promete aos chineses uma revolução tão grande quanto a da era comunista ou a do advento ao "Socialismo com características chinesas" (o mais capitalista que o mundo já viu), ao menos no que diz respeito aos transportes. Pouco a pouco o "Grande Bazar Ferroviário" de Paul Theroux materializa-se; o autor teve de tomar alguns ônibus e aviões para conseguir chegar ao Japão. Se - quando! - a utopia ferroviária chinesa for concretizada, a lendária Rota da Seda tornar-se trilho, daí sim poderemos começar a falar em Eurásia.
Oxalá sirva de inspiração para a esquizofrenia Latinoamericana, e os esforços Bi-oceânicos frutifiquem.
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China se conectará a Europa via TAV
10/03/2010 - Sydney Morning Herald
(fonte: www.revistaferroviaria.com.br)
A China possui o trem mais rápido do mundo, o CRH, que pode alcançar 394,2 kmh, e se conectará a todo o continente europeu até a próxima década
Uma viagem de Londres a Pequim por trem poderá levar apenas dois dias, se depender de um projeto chinês de construir uma malha internacional com os TAV correndo tanto quanto um avião.
Estão planejadas três redes, com a rota da Grã-Bretanha à China estendida até Singapura prevista para ser construída em até 10 anos. Na segunda rota, os passageiros viajariam até o norte da China, passando pela Rússia e até a Alemanha, aonde a rede se conectaria com as demais ferrovias européias.
A terceira rede seria estendida ao sul até o Vietnã, passando pela Tailândia, Malásia e Burma, conforme publicado pelo jornal inglês The Daily Telegraph. Os trens correrão a 320 kmh.
“Estamos planejando que os trens corram tanto quanto um avião”, disse um membro da Academia Chinesa de Engenharia. No ano passado, os chineses revelaram o Harmony Express, que atinge os 350 kmh.
Somente a linha ao sul da Ásia custará US$ 598 milhões, num momento em que a China está renovando sua própria malha a um investimento de US$ 718 bilhões.
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